Garanhuns
Originalmente, suas terras eram ocupadas por povos índigenas do ramo dos Cariris, quando, por volta do, brancos e negros fugidos da sujeição dos holandeses ocuparam as regiões de brejos, lá estabelecendo-se em aldeias esparsas. Em 29 de setembro de 1658, o mestre de campo Nicolau Aranha Pacheco, o capitão Cosmo de Brito Cação, Antonio Fernandes Aranha e Ambrósio Aranha de Farias receberam, do governador na época em exercício, André Vidal de Negreiros, uma sesmaria com cerca de 20 léguas de extensãoː um dos lotes da sesmaria se localizava nos campos de Garanhuns e outro lote se localizava em Panema. Nesse mesmo ano, foi fundado o Sítio Garcia, situado na região onde atualmente se localiza o distrito sede do município.
Garanhuns é o centro mais diversificado do agreste meridional, sendo polo de 32 municípios, concentrando, em seu entorno, mais de um milhão de habitantes. Garanhuns é, também, um centro regional de saúde e educação. O município, pelo seu diversificado comércio e oferta de serviços, tem no turismo, um importante fator de geração de emprego, renda e desenvolvimento, dispondo de uma grande rede de empresas prestadoras de serviços e de hotéis. Em julho, a cidade sedia o Festival de Inverno de Garanhuns, que, anualmente, atrai milhares de turistas de todo o mundo.
A origem do topônimo Garanhuns é muito controversa, havendo várias versões. O lexicógrafo José de Almeida Maciel, em seu livro "Questões de Toponímia Municipal" refere-se a guirá-nhum, os pássaros pretos, nome de um povo indígena existente no local. Segundo o professor João de Deus Oliveira Dias (citado na Documentação Territorial Brasileira, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o termo vem do nome do povo Cairu, da nação Cariri ou Quiriri, corruptela de Guiranhu ou Unhannhum, derivados de guirá ou guará (ave vermelha pernalta, aquática) e anhu ou anhum (anum, pássaro preto), espécies que habitavam o vale do rio Mundaú, perto da sua nascente, local da aldeia originaria. Por outro lado, o lexicógrafo Sebastião de Vasconcelos Galvão, em seu "Dicionário Corográfico, Histórico e Estatístico de Pernambuco", diz que é uma palavra de origem indígena que significa "sítio de guarás e anuns", formado de guarás (espécie de cão selvagem) e anuns (ave tida como agoureira).
O escritor Ademilson Antônio Macedo, em seu "Dicionário de Nomes, Origens e Significados dos Municípios Brasileiros", além dessas expressões, traduz ainda como "homem do campo". Segundo o escritor Mário Melo, o topônimo é uma corruptela de guirá-nhum, com derivação para guará-nhum, indivíduo preto, referente ao quilombo da serra, "... pois ainda hoje os índios carijós de Águas Belas conhecem Garanhuns como claiô, no sua língua yatê: claí (branco), iô (não): não branco, escuro, preto. Convém, ainda, notar que a serra de Garanhuns era conhecida pelo nome da tribo Garanhuns, de origem cariri, que a habitava." O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro diz que o topônimo é originário da expressão tupi antiga agûará nhũ, que significa "campo (nhũ) dos lobos-guarás (agûará)".
Mapa - Garanhuns
Mapa
País - Brasil
Moeda / Linguagem
ISO | Moeda | Símbolo | Algarismo significativo |
---|---|---|---|
BRL | Real (Brazilian real) | R$ | 2 |
ISO | Linguagem |
---|---|
ES | Língua castelhana (Spanish language) |
FR | Língua francesa (French language) |
PT | Língua portuguesa (Portuguese language) |